sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Confira o que muda no site do GLOBO

Site novo é sempre assim: a gente ouve elogios que são um barato ouvir. E críticas, também – é nossa obrigação responder. Desde que o novo Globo foi ao ar, grudamos no email, Twitter, Facebook, Google+ e tantos outros caminhos escolhidos por vocês para comentar. São três as questões levantadas com maior frequência. Vamos a elas:
Cadastro novo?
Pois é: quem comenta nos blogs precisará fazer um novo cadastro. Devíamos ter avisado antes para deixar a todos preparados mas, no meio de todos os preparativos para uma mudança tecnológica de grande porte, vacilamos. Pedir desculpas é o mínimo.
O novo cadastro é o Cadun, Cadastro Único da Globo.com. Ele permite acesso aos comentários cá nO Globo mas também em outros sites do portal. Muitos já o tem, basta fazer login. Para quem não fez, é coisa rápida: nome, email, data de nascimento. Só.

Há uma diferença em relação ao cadastro anterior: não há apelidos. Apelidos em comentários são uma tradição da internet, mas isso está mudando. As duas comunidades virtuais que mais crescem, Facebook e Google+, não permitem apelidos. É que quando todo mundo assina o próprio nome, a qualidade da conversa melhora. O nível de cortesia aumenta.

Sabemos que, no caso do nome, a mudança é polêmica. Assinar comentários anonimamente tem lá seus convenientes. Mas acreditamos que um espaço de conversa mais franco e agradável pode surgir desta mudança, assim como tem acontecido nas mídias sociais.

Onde estão os comentários das matérias?

Nos blogs, como é o caso deste aqui, os comentários seguem onde estavam antes. Mas eles não aparecem nas matérias. Estamos nos retorcendo aqui: como fazem falta. Comentários de leitores são um termômetro importante para a redação e um espaço necessário para o debate.

Os comentários vão voltar. Não estão aqui ainda por um problema técnico. O site dO Globo não mudou só de layout, mudou também de plataforma. O software que usamos para a publicação é novo. A mudança era necessária por dois motivos. Primeiro porque o programa anterior já era antigo, faltavam ali várias funcionalidades necessárias para a internet de hoje. E, depois, porque integramos a antiga redação do Globo online com a do jornal. São mais jornalistas produzindo tanto site quanto jornal. Para que o processo funcionasse bem, era necessário um único programa capaz de receber textos, fotos e vídeos e distribuí-los tanto pelas plataformas digitais quanto o tradicional impresso. Só que programa novo às vezes é assim: algumas coisas não funcionam direito de primeira, têm de ser ajustadas. Neste caso, os comentários foram vítimas. Mas, tão cedo quanto possível, eles estarão de volta.

Onde está o plantão?

O antigo plantão era a lista das notícias mais recentes publicadas no site. Esta lista continua existindo logo abaixo da caixa de Seleção O Globo.

Mas há também uma mudança de conceito. O jornalismo vive esta tensão entre a notícia apressada e aquela confirmada, pensada e publicada. Qualidade jornalística não desaparece com a internet. Sites de veículos tradicionais como o americano New York Times, o britânico Guardian ou o espanhol El País mostram que qualidade convive perfeitamente com grandes audiências online. A responsabilidade jornalística é da natureza dO Globo. Sim: persistimos com pressa de publicar e informar nossos leitores. Ter fome de furo, de dar primeiro, está na nossa natureza como jornalistas. No entanto, queremos oferecer mais do que a notícia apressada. Aqui, leitor, estará uma notícia viva. Ela pode nascer com três frases, mas não terminará aí como o velho plantão. Vai crescer ao longo do dia, conforme sabemos de mais fatos, confirmamos informações e temos a capacidade de oferecer contexto. Qualidade é nossa prioridade.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Compartilhando

Compartilho aqui algumas frases do “401 design meditations”, um trabalho meticuloso da Catherine Fishel, que reúne idéias de grandes designers do hemisfério norte (pena que a gente ainda não tenha entrado no mapa nesse tipo de estudo).


Eles falam da essência do design, do processo criativo, responsabilidades, ferramentas, conselhos e muito mais, sempre em frases concisas e bem-humoradas. Leiam e curtam algumas pérolas:

“Bom design é bom negócio” Thomas Watson, Jr. Fundador da IBM

“Designers comunicam apenas 3 coisas: mensagens sobre valor, mensagens de valor e mensagens sem valor” Rick Vialicenti

“Bom design é uma forma de respeito – da parte de quem produz para a pessoa que irá eventualmente gastar seu suado dinheirinho no produto, usar o produto, possuir o produto” Davis Beown

“Branding: persuadir os de fora a comprar e persuadir os de dentro a acreditar” Wally Olins

“Design é desejo disfarçado de função” Terence Hiley, Curador do MoMA

“Sim, como forma de determinar e influenciar ações de pessoas, fazer design é um ato político” Rudy Vanderlans

“Toda noite eu rezo para que os clientes com bom gosto ganhem dinheiro e para os clientes que têm dinheiro ganhem bom gosto” Bill Gardner

“Deus salve nossos arquivos!” Rastko Ciric

“O orçamento determina o veículo da idéia, não o alcance da idéia propriamente dita” Thomas Vasquez

“Qualidade, custo, turnover alto — escolha quaisquer dois” Rob Wallace

“Ser um designer famoso é como ser um dentista famoso” Noreen Morioka

“Quando estou trabalhando num problema, nunca penso em beleza. Eu penso somente em resolver o problema. Mas quando eu termino, se a solução não é linda, eu acho que está errada” Richard Buckminster Fuller

“O bom não é uma categoria que me interesse” Rem Koolhaas

“A evolução da forma começa com a percepção da falha” Henry Petrosk

“Acidentes somente produzem as melhores soluções se você consegue reconhecer a diferença entre um acidente e uma intenção” Jennifer Morla

“Fazer um bom design é fácil. Mas fazer um grande design requer um grande cliente” Michael Osborne.

“Um observador inexperiente vê tudo numa figura. Mas um observador experiente, vê apenas as coisas que estão faltando” Rastko Ciric
“Bom o suficiente é bom o suficiente se os seus padrões são altos o suficiente” Steve Frykholm

“Não existem clientes ruins; apenas designers ruins” Bob Gill

“Confusão e bagunça são falhas do design, não atributos da informação” Edward Tufte

“Uma grande marca é criada por um designer, mas feita por uma corporação” Paul Rand

“Eu digo para mim mesmo todos os dias: Deus mora nos detalhes” Matt Collin

“O símbolo é a linguagem no nível molecular” Marty Neumeier

“Uma pessoa criativa precisa ser uma sabe-tudo. Ela precisa aprender sobre todos os tipos de coisas: história antiga, matemática do século XIX, técnicas atuais de manufatura, arranjos florais e criação de porcos. Porque ela nunca sabe quando essas idéias podem vir juntas na forma de uma nova idéia. Isso pode acontecer seis minutos mais tarde, seis meses ou seis anos depois. Mas ela tem fé que isso irá acontecer” Carl Ally

“Nós todos somos naturalmente curiosos aos oito anos de idade. Mas a maioria das pessoas, quando ficam mais velhas, ficam menos e menos curiosas, então, pedem a outras pessoas para serem curiosas no lugar delas. É disso que eu vivo” Ron Miriello

“Menos é mais quando mais não é bom” Frank Lloyd Wright

“Resolver o problema é mais importante que estar certo” Milton Glaser

E a que eu mais gostei:

“Nós valorizamos o que nós entendemos” Kevin Walker





Por: Caio Frederico

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CUBISMO - Século XX


Movimento iniciado na pintura - Senhoritas de Avignon (1906-1907), de Pablo Picasso;

Rompimento com padrões artísticos clássicos e com modelos estéticos de beleza da época;

Incorporação de formas geométricas como partes constitutivas na representação de figuras humanas e dos demais objetos;

Telas com fragmentos impressos e rótulos sugerem novas maneiras de combinar imagens e comunicar idéias;


Senhoritas de Avignon (1906-1907), de Pablo Picasso


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FUTURISMO -


Nu descendo uma Escada e o Moinho de Café, de Marcel Duchamp, executados em 1911, são marcos;

Nu Descendo uma Escada aplica formas geométricas aos movimentos (influência cubista);

Moinho de Café introduz a máquina e os meios mecânicos como elementos do design. No movimento da máquina, reside a contribuição mais expressiva do futurismo para o design gráfico.O uso de letras estampadas ou gravadas em suas pinturas abria novas possibilidades para a tipografia;

Influenciou o design gráfico com a utilização da colagem e da montagem; o livre uso das letras como elemento plástico e rompimento das regras tradicionais de representação e de forma;

Lançou as bases da maior parte dos movimentos que se seguiram no design moderno, como Stijl (O Estilo), Futurismo e Construtivismo.


Nu descendo uma Escada, de Marcel Duchamp, 1911


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DADAÍSMO
Revitalizou as artes visuais, quebrando todas as regras tradicionais de representação racional, através da ousadia de artistas como Marcel Duchamp;


Libertou o design gráfico das restrições retilíneas e reforçou a idéia cubista do uso da letra em si mesma como uma experiência visual;

Despertou também os designers para o fato de que o chocante e o surpreendente podem representar um importante papel na superação da apatia visual;

Ensinou o valor do humor e do chocante como forma de despertar a atenção do observador;

As experiências dadaístas na comunicação impressa levaram a uma reavaliação das formas tipográficas pelos designers.

 
Estética Dadaísta

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SURREALISMO



Similaridades com o movimento dadaísta, pela liberdade estética, criadora e anárquica que ambos os movimentos inspiraram;

Com o dadaísmo o design radicaliza o rompimento com as formas tradicionais, enquanto o surrealismo contribuiu para transformações de caráter subjetivo, refletindo diretamente no conteúdo das imagens;

Enfoque no simbolismo e nas imprevisíveis justaposições do inconsciente- as imagens do sonho;

Influências da psicanálise de Sigmund Freud e seu livro A Interpretação dos Sonhos, que causou forte impacto na arte mundial, da literatura às artes plásticas;

Expoentes: André Breton, Max Ernst (ex-dadaísta), todos eles inspirados pela irreverência do antecessor Marcel Duchamp;

A ilustração ganha novos traços, inspirados no inconsciente, com uma mudança nas concepções das imagens gráficas, dos desenhos e até mesmo da fotografia, como inesgotável fonte de idéias para a comunicação visual.

Joan Miró e Hans Arp, dois outros artistas surrealistas, contribuíram para enriquecer as formas gráficas, explorando um nível de criação ainda mais abstrato, usando formas e figuras que influenciaram o design.

A estreita relação entre surrealismo e as reações emocionais e os estímulos do inconsciente influenciou decisivamente a comunicação visual contemporânea.



Por: Caio Frederico Ferrier

Humor "Designeano'

Desenho* Designer* Criatividade*

Estudante de jornalismo e curioso de plantão na internet, descobri algumas imagens que são interessantes para estudantes que pretendem conhecer um pouco do universo do design gráfico.



 

Novo Layout da logomarca da Heineken.

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Joe Hill criou a maior pintura 3D do mundo em Londres, na Inglaterra.



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Projeto de um designer norte americano para novos produtos da Coca-Cola.









 Por: Caio Frederico Ferrier.

Adaptações e modificações.

Para o designer, nada é mais importante do que as tendências. E para que elas aconteçam, é necessário ocorrer mudanças e transformações. E estas não podem somente acontecer no ambiente que o cerca, mas no próprio indivíduo.

Esta mudança se faz interessante pelo simples fato da percepção aguçar-se para novas tendências e adaptações. A cadeira com rodas é um exemplo dessa adaptação, e desta percepção de tendência: uma pessoa absorveu todo o processo histórico e notou que a sociedade ficaria cada vez mais acelerada; e com as tendências tecnológicas e estéticas criou uma cadeira cujo um leve esforço de pernas e pés faz a locomoção rápida.

A adaptação das tecnologias certamente choca o ambiente onde é inserido. Mas a habituação é rápida e constante se esse objeto é mais útil e mais prático do que seu predecessor. Porém, nesta sociedade consumista, a habituação torna-se mais regular e menos espantosa devido ao fato da chamada “inovação” acontecer em um número muito maior. Quantitativamente, não qualitativamente.

A adaptação advém da prática da absorção do meio. E esta adaptação gera a modificação. Modificação de todos. Do meio. De si.

Adapte para se adaptar. Modifique para se modificar.


Por: Alexandre Oliveira   - Estudante de Designer.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Percepção e Linguagem Visual

O denso e o sutil

Tudo o que conhecemos, toda nossa vida psicológica decorre do que percebemos. Somos um organismo com um sistema nervoso responsável pela realização deste processo perceptivo. O que nos permite perceber e o que é percebido vai depender das relações perceptivas que estabelecemos com o outro, com o mundo, com nós próprios. O processo perceptivo, relacional sempre ocorre no tempo presente. Seja esta percepção de algo presente, passado ou futuro, quando ela é vivenciada, ela é o que ocorre, não importando se é uma lembrança, uma antecipação ou um estar diante. O contexto de estruturação da percepção pode estar relacionado com o que ocorreu (passado) ou com o que vai ocorrer (futuro), mas o que se vivencia é sempre presente, quer seja o que se lembra, quer seja o que se antecipa.

Percebemos pela visão, audição, olfação, gustação e tato. A organização existente é assim apreendida. Os dados sensoriais não são captados e recolhidos pelos sentidos para organizações posteriores como diziam os que não globalizavam o processo perceptivo (os que achavam que existiam sensações elaboradas pela percepção: Locke, Hume, Aristóteles, Freud e todos os elementaristas acompanhados também pelos dualistas: Descartes, Kant entre outros) que pensavam que consciência, inconsciente, alma, psiquê eram responsáveis pelo conhecimento.

Os psicólogos gestaltistas descobriram através de experimentos que toda percepção ocorre graças a existência de relações de figura-fundo. Diziam que o percebido é a figura; o fundo nunca é percebido. Quando se percebe o fundo é por ele ser figura, é a reversibilidade perceptiva.

                                                    

Neste desenho, quando percebemos o colar (figura) percebemos uma jovem, quando o pregnante da percepção é o nariz, percebemos uma velha.

Também exemplificando a reversibilidade perceptiva, quando o pregnante é o desenho em preto, percebemos uma taça, quando o pregnante é o desenho em branco, percebemos dois rostos.

A vivência dessa reversibilidade, desta passagem, da mudança entre figura e fundo, é o mesmo processo que possibilita apreender as dinâmicas do processo relacional do ser no mundo.

Durante o processo de crescimento e desenvolvimento, o sistema de referência perceptiva mais pregnante para a criança é o decorrente do que está diante dela: o espaço, o outro (mãe, pai, babá por exemplo) e o seu próprio corpo.

O que é quantificável, comparável, organiza: mais forte, mais fraco, mais rico, mais pobre etc.

O denso assim organizado decide e regula. O conhecimento começa a ser hierarquizado, é mais confiável o que se vê do que o que se ouve, por exemplo. Pegar e provar (gustar) são muito comprobatórios.

Sutil, frequentemente é o que escapa ao tato, ou à visão, ou à audição, olfato e gustação. Acontece que o sutil, o relacional é o que configura e permite a globalização da totalidade, de tudo o que se percebe.

Pesquisas tentam medir sucesso do design, verificando a "sedimentação da leitura", método que checa a quantidade de informação que ficou retida na memória do leitor; outro método utiliza uma câmera ótica - por essa técnica, um fino raio de luz é projetado sobre a pupila de um dos olhos do leitor, permitindo acompanhar os movimentos do globo ocular à medida que o indivíduo vais sendo submetido aos estímulos da página. Os traços assim obtidos são gravados num filme que mais tarde é sobreposto às imagens da página observada. Uma desvantagem desse método é a possibilidade de detectar, mais do que uma situação real, uma situação de observação clínica - isto é, onde não há naturalidade no processo de leitura.

Outro ponto negativo também desse método é a incapacidade de associar qualquer dos movimentos do olho a uma resposta mental, além da dificuldade de detectar a reação coletiva, de muitos indivíduos, em relação a um mesmo estímulo.
Descobertas de Max Wertheimer

O olho humano tende a agrupar as várias unidades de um campo visual para formar um todo; Ao olharmos uma página impressa vemos a sua gestalt- a estrutura/forma/conjunto- não os diversos elementos individualmente. ISSO implica na necessidade de encontrarmos soluções para o design que possam agrupar os diferentes elementos num conceito total;

Um mesmo objeto parecerá mais escuro quando tiver um fundo claro, e mais claro sobre um fundo escuro;
Movimento numa imagem ou objeto fixo, como a Lua que se "move" através das nuvens, quando na realidade estas é que se movimentam;

De maneira geral, os gestaltistas reforçaram a tese da percepção relativa, o que explica as diferentes impressões causadas por um mesmo objeto quando colocado em ambientes diversos.

As experiências dos psicólogos gestaltistas confirmaram, também, que as palavras - e a disposição ou arranjo das palavras - são mais importantes para a legibilidade tipográfica do que a forma e as características individuais das letras.(vide página da gramática analisada em sala de aula em que apesar da legibilidade da fonte, o resultado não era uma boa comunicação visual);

A percepção não é um processo fotográfico, mas uma complexa operação, que consiste em reunir e ajustar as informações visuais e compará-las com o vasto mosaico de nossas imagens mentais - uma espécie de busca nos arquivos imaginários dos objetos que vimos antes e que já conceituamos.(ilusão das taças e do rosto, da reta com setas para dentro e para fora p.138/139).